quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Catraca Interestadual São Paulo/ Minas Gerais

Bom dia pra quem é de bom dia!

E 17 horas depois da chegada de Extrema- MG, aqui estamos, bem menos suados, para o escrever o segundo, mas não menos importante, post do meu, do seu, do nosso... Turismo de Catraca.

Partindo da Região Metropolitana de São Paulo, mais precisamente, Santana de Parnaíba, tínhamos como proposta ultrapassar a barreira do som, mas de ônibus de catraca não ia rolar, e decidimos então, ultrapassar a barreira do estado, e partimos com destinho a Minas Gerais.

O roteiro elaborado...

Santana de Parnaíba/SP- Cajamar/SP (Linha 324, R$ 3,25 ou Cartão BOM, Viação Osasco)

Cajamar/SP- Jundiaí/SP (Linha 301, R$ 4,75, Viação Rápido Luxo Campinas)

Jundiaí/SP- Bragança Paulista/SP (Linha Jundiaí- Bragança Paulista, R$ 8,10, Viação Fênix)

Bragança Paulista/SP - Extrema/MG (Linha Bragança- Extrema, R$ 2,80, Viação Cambuí)


O ponta pé inicial foi dado às 04H30 do Sábado (14/12), e por LUZ própria, arranjamos carona e "matamos" a primeira catraca, logo, estávamos em Cajamar aguardando o ônibus que seguiria para Jundiaí, este chegou ás 05H50 e partimos, depois de 40min de buso forrozeando na Via Anhaguera (SP-330), estávamos em Jundiaí, onde aguardamos até às 07H45 a partida do segundo ônibus, com destino a Bragança, e por lá embarcamos às 10H15 para Extrema- MG.

Cobradora Darlene da Viação Cambuí e Estevan Belko

Rodoviária de Bragança Paulista

Ônibus da linha Extrema- Bragança Paulista

Passe da linha Extrema- Bragança Paulista 

Estrada entre Extrema- Bragança Paulista

Estrada entre Extrema- Bragança Paulista "de novo"

Às 11H15, já estávamos desembarcando no terminal rodoviário da cidade mineira (Só por curiosidade, foram desembolsados R$0,50 para utilizar o banheiro do Terminal).


Placa de Inauguração da Rodoviária de Extrema 

Fachada da Rodoviária de Extrema 


Desembarcamos animados, empolgados, com uma energia incrível como se nada fosse nos cansar. A primeira coisa que fizemos, foi procurar o Centro de Informações Turísticas- C.I.T, que sabíamos mais ou menos, onde era, através da pesquisa que fizemos antes. A praça principal ficava um pouco afastada do terminal Rodoviário, e, de informação em informação, descobrimos que para chegar na praça principal (onde também estava o CIT) era preciso subir um ladeira imensa, de uns 90° de inclinação (lembram daquela energia que eu relatei que estávamos? Essa mesma! Então, já pode esquecê-la). No pico dessa ladeira, a praça principal surge como um oásis no deserto. Uma praça muito simpática, com uma decoração natalina bem agradável e uma igreja Matriz muito linda. Extrema era mesmo uma cidade muito acolhedora (ainda levando em consideração a mega ladeira que subimos). Bem do ladinho da praça, estava ele, com uma infraestrutura incrível para o turista: o CIT.

Praça da Matriz

Casa do Papai Noel

Árvore de Natal

Fachada da Matriz


Lá conhecemos Suellen, uma turismóloga, muito simpática que nos recebeu muito bem. Minutos mais tarde, depois de apresentar-nos os roteiros e atrativos da cidade (que, francamente, eram todos muito legais, valeria a pena conhecê-los, mas levando em consideração as atuais e reais $ituaçõe$, não poderíamos), saímos em busca do primeiro atrativo: Um supermercado para comprar algo pra comer e beber!

Em seguida, seguimos em direção à Serra do Lopo, decidimos que faríamos uma trilha.

A Serra se erguia onipotente dividindo com sua grandeza os estados de São Paulo e Minas Gerais (Extrema era rodeada de Serras). Não foi difícil encontrar a trilha, que parecia ser fácil e moleza para dois rapazes jovens, musculosos, bonitos e cheios de disposição, mas nós não somos bonitos, muito menos musculosos e sedentarismo é nosso hobby, logo, foi difícil. Subimos por um pasto durante os primeiros minutos da trilha, mas logo adentramos na parte de árvores altas e solo úmido -Mata Atlântica- sem contar que estava abafado como uma sauna natural.
Início da Trilha na Serra do Lopo

Início da Trilha na Serra do Lopo

Início da Trilha na Serra do Lopo
Permanecemos nesta trilha por apenas 4H30 (não tínhamos tempo de sobra, néh?!). Nessa trilha encontramos diversos pontos onde podemos beber água mineral (parece meio óbvio?) onde sempre aproveitamos para descansar/refrescar/respirar/beber água e tudo que era necessário para continuar a caminhada, em uma dessas paradas -lá pra depois de 1H de trilha- encontramos três rapazes que subiram a Serra pela estrada e naquele momento estavam descendo (o que nos pareceu uma opção bem menos cansativa) por intermédio deles, ficamos sabendo de duas coisas que tornariam nossa trilha ainda mais incrível:

A) Logo começaríamos a ter vistas panorâmicas de toda a cidade;

B) Daquele ponto até chegar ao final da trilha só faltavam 3H30 de caminhada/subida.

Agradecemos as boas notícias e lá fomos nós, trilha a cima, suando, arfando, cada vez mais cansados...

Mas tudo valeu a pena à medida que encontrávamos pedras altíssimas com vistas panorâmicas da cidade, mais acima outra pedra, e assim por diante, a cada pedra nos encontrávamos mais altos, a vista era mais incrível ainda e o suor mais e mais abundante.
Estevan e os garotos mineiros que desciam a Serra do Lopo
(O de camisa marrom se chama Márcio, os demais... Eram legais...)


Foto Artística

Precisa de legenda?

Pequena observação...

Uma das melhores vistas e  fotografias da Serra do Lopo

Outra foto...

E mais uma... Esta é próxima ao final da trilha...

Extrema do alto

Hoje eu só quero que o dia termine bem... 
Vista... ou XP... sei lá....

Montanhas...

Mato, Estevan e Mato novamente

Uma das fontes da Serra do Lopo

Outra das fontes... Ou a mesma de outro ângulo



Um dos muitos animais selvagens e peçonhentos que cruzaram nosso caminho.  

Vista terrestre do céu

Quando menos esperávamos, a trilha acabou (isso foi ironia, pra quem não percebeu) e como estávamos mega cansados, suados, doloridos e fedidos a Mãe Natureza decidiu nos "trollar" (novamente), e colocou em nosso caminho uma estradinha de terra de pouco mais de meia hora (As vezes medimos distância com tempo)... Já no fim da Estradinha de terra, no Pico do Cabrito, encontramos uma casinha, na Reserva Ecológica do Pico do Cabrito (DÃÃR) e lá, uma garota qualquer, que cursa Marketing no sétimo andar do prédio A da Uninove campus Memorial e por um motivo qualquer não perguntamos seu nome, nos hidratou com um mísero copo d'água (Nossos mais sinceros agradecimentos a ela) e seguimos descendo o pico por mais alguns metros de estrada, agora asfaltada.
Caminhando e cantando e seguindo a canção...
O pé na estrada eu vou botar que já tá na hora de ir...(IRMÃO URSO VOICE)


Entrada do Pico dos Cabrito (Propriedade Particular)

Daí em diante, passamos a buscar um local para tomar um banho, relaxar e tirar os tênis, não necessariamente nessa ordem, que por sinal estavam imundos, encontramos muito próximo ao C.I.T uma pousada, Sant'Anna, a diária custou R$ 35,00, com café da manhã, banheiro coletivo e check-out ao meio dia do dia seguinte, fomos muito bem recebidos e decidimos deixar um presentinho da nossa cidade de origem, 75 ml de uma ótima cachaça parnaibana que é vendida na Pousada 1896 no Centro Histórico e custa apenas  R$ 3,00 no local.

Marcos, Talita e Kauê da Pousada Sant' Anna

Recepção da Pousada Sant' Anna
 Relaxamos...

Às 20H15 decidimos buscar algo para comer, ao lado da Igreja Matriz uma padaria com Self- Service a R$ 15,00 foi o local escolhido, após a refeição, um rasante na praça, onde estavam ocorrendo as "fofinhas" cantatas natalinas de membros da "melhor idade" da cidade, após cinco ou seis cânticos natalinos de diferentes locais do país e do mundo, decidimos voltar a pousada, afinal, eram quase 22H00 e já estávamos a  18 horas no ar, a trilha e a viagem foram cansativas, e no dia seguinte o despertar estava previsto para ás 08H00...

Cantatas Natalinas

Domingo, 15 de Dezembro de 2013

Acordamos e descemos para o café por volta das 8H30. Ainda estávamos com sintomas da caminhada do dia anterior:
- Fadiga acumulada
- Ardência nas pernas e todas articulações de nomes estranhos,
- Delírio, vômito desenfreado, e desmaios súbitos (Mentirinha...)
Ou seja, sintomas da terrível "overdose de árvores, subidas íngremes, folhas e línquens (Associação mutualística de fungos e algas, serve também como indicador natural de qualidade do ar)..."

Novamente fomos ao C.I.T perguntar o que teríamos pra fazer no dia. E novamente fomos muito bem recebidos.
Indicaram-nos um passeio pelo -ainda não inaugurado por conta de umas reformas- Parque da Cachoeira do Jaguari. Depois de uma bate-papo legal com Suellen (turismóloga que fazia o plantão no fim de semana ao invés de viajar de ônibus de catraca) regressamos a Pousada para preparar as mochilas e seguir por mais um dia -que desta vez esperávamos não ter trilha, ou uma não tão infinita quanto a anterior.

Como somos muito educados, agradecemos e antes de seguirmos, regalamos Suellen com 75ml de uma ótima cachaça parnaibana que é vendida na Pousada 1896 no Centro Histórico e custa apenas  R$ 3,00 no local. (verdade, patrocinaram mesmo!)

Nos despedimos com uma foto e partimos rumo ao Parque quase inaugurado.

Estevan, Suellen e Marcos no C.I.T
É triste a dor do parto, mas tínhamos que partir...

Informações das Rotas Turísticas de Extrema

Alguns minutos de caminhada sob um sol refrescante de uns 28°C (E sensação térmica de 56ºC)  numa rodovia que não parava um segundo de passar carros e caminhões e da acesso a cidade, fizeram-nos lembrar que:

A) Protetor solar e repelente de insetos são importantes e não é legal esquecê-los

B) Uma caminha na mata com ar puro, SEMPRE valerá a pena, não importa quantas horas ela dure!

Não tem como errar o caminho do Parque, relativamente, ele é próximo do centro além de ficar no fim de uma rua que da acesso a rodovia poluída.

Rodovia "Poluída"

Entrada do Parque (DÃÃR)
A reforma no local era evidente, mas não atrapalhou em nada nosso passeio por lá. Realmente a cachoeira era incrível, e andar pelas pedras que ficam a margem era ainda melhor. O lugar era muito lindo! Garanto que após a reforma, será um ponto quase impossível de não visitar. A força da água abria nas pedras buracos, mini cavernas e esculturas naturais que formavam micros aquários naturais (sem peixe, sem aquelas plantinhas, mas eram legais de observar). Metros a frente encontramos um paulista pescando bagre e pacu em uma das piscinas da cachoeira (deve ter pego meia dúzia de peixinhos), muito simpático, ainda conversamos um pouco com ele. No Parque havia alguns deck's para melhor observação das varias quedas d'água.

Cachoeira do Jaguari

Escultura Natural esculpida pela natureza

Um dos aquários naturais 

Trilha no Parque da Cachoeira do Jaguari

Casal s2 em um dos deck's do Parque

Uma das quedas da Cachoeira 
Pescador de Bagres...

Andamos até um lago um pouco acima da cachoeira. Claro, encontramos uma trilha. Sim, fomos ver aonde ela levava...

Início da cachoeira do Jaguari

Lago da Cochoeira do Jaguari
Caminhamos pela margem observando algumas capivaras que estavam no lado oposto do rio, percebemos que a trilha não acabava e seguia convidativamente mata adentro, então, achamos melhor continuar...

TO BRINCANDO!!! De trilhas já estávamos satisfeitos.

Voltamos para as cachoeiras. Mais fotos, mais elogios, mais admiração... Imagino aquele lugar reformado, voltaria com certeza.

Espaços recém reformados do Parque da Cachoeira do Jaguari

Espaços recém reformados do Parque da Cachoeira do Jaguari
O relógio marcava 12H15 e após a caminhada de volta pela rodovia poluída estávamos novamente no Terminal Rodoviário onde partiria pontualmente ás 13H30 o buso com destino a Bragança Paulista, deveríamos aguardar por uns 20 minutos, enquanto isso, fomos ao supermercado para comprar uns biscoitos e matar o tempo.

Matamos...

Embarcamos com destino a Bragança, e por lá, ás 14H45 tomamos o coletivo da Viação Fênix sentido Jundiaí, onde desembarcamos por volta das 16H30 e aguardamos até 17H10 o buso da Rápido Luxo Campinas (Aliás, a empresa poderia ter luxo não só no nome afinal, os coletivos dessa linha não fazem jus nem ao nome nem ao porte da empresa, fica a dica).

Desembarcamos em Santana de Parnaíba por volta de 18H40 depois do coletivo municipal parnaibano, que pegamos em frente ao Supermercado Vencedor...

PS: Quando nos referimos a "Rodovia Poluída", em nenhum momento visamos criticar a administração da via, seja ela qual for, o termo serve somente para lembrar, tanto nós quanto os leitores (Se é que leem essa blasfêmia, com o perdão da palavra), que automóveis liberam CO2, uma substância química formada por dois átomos de oxigênio e um de carbono que em grande quantidade é prejudicial ao meio ambiente, pois contribui para o Aquecimento Global. 


E 67 horas depois do encerramento da viagem, e 50 horas no início da elaboração deste trabalho que você leu, temos o prazer de encerrá-lo de forma digníssima com nossos mais sinceros (Ou não) agradecimentos a todos os que contribuíram, participaram, promoveram e também aos que ainda contribuirão, participarão e promoverão essa ideia.

Parágrafo Fofinho...

Um muito obrigado especial e um abraço carinhoso ao Srº Israel -o motorista fofinho- da Secretaria de Cultura e Turismo de Santana de Parnaíba, um dos culpados por isso ( É, eu disse culpado!), e que continua fomentando nossa “Rota Catraqueira”, provavelmente uma de suas sugestões inspirará nossa próxima viagem.

E se você não gostou, eu só posso te dizer uma coisa... Lê de novo que é legal, e você vai gostar!

Sugestões ou dúvidas envie e-mail para


E se você também fez qualquer tipo de viagem desse “porte”, compartilhe conosco!


Dentro de alguns dias estaremos concluindo um post sobre check-list e passo a passo do planejamento da viagem pra você se inspirar (ou não) e criar seus próprios roteiros...

... Aguarde...

“Inté a próxima catraca!”

E.BELKO

M.1GRIA








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